Gengivite em gatos: sintomas, causas e tratamento
A Gengivite
Você sabia que o “bafinho” é o primeiro sinal de que algo não vai bem com a saúde bucal do seu gato? A halitose, ou mau hálito, pode indicar a presença da “gengivite”, uma inflamação das gengivas causada pelo acúmulo de placa bacteriana e tártaro nos dentes, uma das doenças mais comuns nos felinos. Veja abaixo os sintomas, as causas e qual o tratamento!
Como funciona
Embora possa parecer um problema muito simples à primeira vista, se não tratada, a gengivite pode evoluir para complicações ainda mais sérias, como a periodontite, que afeta as estruturas de suporte dos dentes e pode causar sua perda, comprometendo assim a saúde geral do animal.
Bastante comum
Em gatos, a gengivite é muito mais comum do que muitos imaginam. Ela pode ocorrer em felinos de qualquer idade, mas tende a ser mais frequente em gatos adultos e idosos. Estudos indicam que até 80% dos bigodudos sofrem com esse problema pela falta de limpeza adequada dos dentes.
Falta de limpeza
A principal causa da condição é o acúmulo de placa bacteriana nos dentes, uma película formada por bactérias que se alimentam dos restos de comida presentes na boca do animal. Caso essa placa não seja removida por meio da limpeza dental, ela endurece e forma o tártaro, o que irrita as gengivas e causa inflamação.
Alimentação influencia
Além do acúmulo de placa bacteriana, existem outros fatores que podem contribuir para o desenvolvimento da gengivite em gatos. A alimentação é um deles, especialmente em dietas à base de alimentos úmidos como rações pastosas ou comida caseira, que tendem a deixar mais resíduos nos dentes e favorecer o acúmulo de placas.
Falta de escovação
A má higiene bucal desempenha um papel crucial no caso da gengivite, já que a falta de escovação regular é uma das principais causas do acúmulo de placas bacterianas e do tártaro, levando inevitavelmente à inflamação das gengivas. Por isso, atente-se à escovação e higiene da boca do seu felino.
Doenças sistêmicas
As doenças sistêmicas também podem agravar o quadro, já que os gatos com condições como o vírus da imunodeficiência felina (FIV) ou o vírus da leucemia felina (FeLV) possuem um sistema imunológico bastante vulnerável, o que aumenta ainda mais a predisposição a infecções bucais.
Predisposição genética
Há ainda a predisposição genética, visto que algumas raças, como os Siameses e os Persas, tendem a ser mais suscetíveis a problemas dentários. Além disso, problemas imunológicos, como condições autoimunes, podem estar associados à gengivite, especialmente em casos de estomatite, uma inflamação grave que compromete toda a cavidade oral do felino.
Atente-se aos sinais
Para prevenir o problema, é essencial ficar atento aos sinais sutis que podem indicar que o felino está com gengivite. Como já citado, o mau hálito é um dos primeiros sinais dos problemas dentários. Além disso, a inflamação causada pela gengivite faz com que as gengivas fiquem avermelhadas, inchadas e sensíveis, podendo até sangrar ao menor toque.
Perda do apetite
A dor associada à gengivite pode dificultar a mastigação, fazendo com que o gato prefira alimentos mais macios ou até mesmo perca o apetite. Vale lembrar que os felinos são mestres em esconder sinais de dor e, por isso, mesmo os tutores mais atentos podem ter dificuldade em identificar o desconforto do pet.
Salivação excessiva
Outro sintoma comum é a sialorréia, que nada mais é do que a salivação excessiva. Ela ocorre devido ao desconforto bucal. É comum notar alterações comportamentais, como irritação, evitar o contato com a área do rosto ou esfregar a boca com as patas de forma frequente. Quando a dor é intensa, o gato pode recusar-se a se alimentar, causando perda de peso.
Identificando o problema
O diagnóstico da gengivite deve ser realizado pelo médico veterinário. O profissional examinará a boca do felino, procurando sinais de inflamação nas gengivas, acúmulo de tártaro e placas bacterianas. Inclusive, podem ser necessários alguns exames complementares, como:
- Radiografias dentárias: para avaliar a extensão do problema e verificar se houve danos às estruturas de suporte dos dentes.
- Exames de sangue: em caso de suspeita de doenças subjacentes, como por exemplo FIV ou FeLV.
O tratamento
Nos estágios iniciais, a higiene pode ser suficiente para controlar o problema. Já em casos mais avançados, o indicado são tratamentos mais intensivos, como uma limpeza dentária profissional. O procedimento, realizado sob anestesia, remove o tártaro e a placa bacteriana. Em casos mais graves, pode ser necessário extrair os dentes severamente comprometidos.
Inflamações severas
Nesses casos, o médico veterinário pode prescrever antibióticos para controlar as infecções bacterianas, além de anti-inflamatórios para aliviar a dor e o inchaço nas gengivas. Se a gengivite for causada ou agravada por uma doença sistêmica, como FIV ou FeLV, será necessário tratar também a doença subjacente para controlar a inflamação bucal.
A prevenção
Não tem segredo: pequenas ações podem fazer a diferença na saúde bucal do seu felino. Confira abaixo alguns exemplos:
- Escovação regular dos dentes: uma das formas mais eficazes de prevenir o acúmulo de placa bacteriana. É importante utilizar escovas e pastas específicas para gatos.
- Rações especiais: que ajudam a limpar os dentes durante a mastigação, contribuindo para a diminuição da placa bacteriana.
- Produtos de higiene dental: como sprays, gel ou aditivos para a água, que podem complementar a limpeza bucal, sempre recomendados por um médico veterinário.
Vale ressaltar
A gengivite em gatos é uma condição comum, mas que pode ser prevenida e tratada com os cuidados adequados. Ao adotar uma rotina de higiene bucal e fazer visitas regulares ao médico veterinário, é possível manter a saúde bucal do seu felino em dia e evitar complicações mais sérias!
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